Um dos pontos centrais foi a distinção entre gestão e liderança. Enquanto a gestão está ligada à execução de tarefas e ao alcance de metas, a liderança se conecta com pessoas, contexto e inspiração. Um chefe pode ser um bom gestor e, ainda assim, ser um péssimo líder: alguém que entrega resultados, mas gera insegurança, medo ou desengajamento no time.

Reconhecer essa diferença ajuda a ajustar expectativas e, principalmente, a desenvolver habilidades que não dependem da postura do líder direto.

Você é o CEO da sua carreira

Um dos aprendizados mais práticos da sessão foi o seguinte: ninguém é mais responsável pela sua evolução do que você mesmo. Esperar reconhecimento, feedbacks constantes ou planos de desenvolvimento prontos pode ser um erro, especialmente em ambientes onde a liderança é ausente ou tóxica.

Por isso, é essencial montar um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) próprio, com metas, áreas de melhoria e busca ativa por feedbacks. Um bom PDI não precisa ser complexo, mas precisa ser honesto e frequente.

Delegar não é “delargar”

Outro ponto relevante: saber quando e como delegar. Muita gente que lidera — inclusive líderes ruins — cai na armadilha de “delargar”: repassar tarefas sem contexto, suporte ou clareza. Isso gera frustração nos dois lados.

A chave está em identificar o nível de maturidade de quem vai receber a tarefa. Quanto mais consciente você estiver das suas próprias capacidades (e das do time), melhor será sua habilidade de delegar com responsabilidade ou de recusar tarefas mal passadas.

Soft skills salvam (e duram mais)

Num mundo onde as hard skills envelhecem rápido, as habilidades comportamentais — como inteligência emocional, resiliência e comunicação — se tornam diferenciais duradouros. Eberson mostrou como essas competências podem ser desenvolvidas mesmo em ambientes de pressão e com lideranças frágeis.

Respirar fundo, se afastar de conflitos desnecessários e aprender a lidar com pressão são habilidades que te tornam mais valioso e menos vulnerável a contextos ruins.