7 de jul. de 2025
Não é repasse. É construção de valor.
Quando a entrega é feita sem contexto, o Closer começa a reunião do zero e desperdiça o terreno já conquistado. Quando o SDR apenas “passa o bastão” sem entregar a história, o lead esfria, o pitch vira genérico e a taxa de no-show aumenta.
A boa passagem é aquela que transfere:
Informações relevantes: problema-chave, objetivo do cliente, contexto da conversa.
Conexão emocional: o que motivou o lead a aceitar a reunião? O que o Closer precisa entender sobre o momento daquela pessoa?
Confiança: o lead precisa sentir que está sendo levado a sério, e não jogado de um lado para o outro.
O framework PASSAR: uma bússola para o SDR
PASSAR não é sigla à toa. É um processo com etapas claras para garantir que a entrega não seja “jogada no CRM”, mas construída com cuidado:
1️⃣ Problema: qual a dor real que o lead quer resolver?
2️⃣ Ambiente: qual o contexto dessa dor dentro da empresa?
3️⃣ Solução esperada: o que o lead busca resolver com a reunião?
4️⃣ Sinais de compra: houve algum indício de urgência ou interesse?
5️⃣ Alerta emocional: alguma resistência, preocupação ou insegurança que o Closer deve saber?
6️⃣ Recado final: uma frase curta que ajuda o Closer a abrir a reunião com conexão (“Ele falou que se sentiu frustrado com os concorrentes…”).
Esse modelo ajuda a criar uma passagem completa e humana, e não apenas técnica.
CRM não é checklist. É narrativa de venda.
Um erro comum é tratar o CRM como um repositório de campos obrigatórios. Mas o que gera impacto real é a qualidade do que é preenchido.
O SDR deve deixar claro:
O que está em jogo para aquele lead?
Qual o nível de consciência sobre o problema?
Qual a expectativa com a próxima conversa?
Mais do que preencher, é preciso preparar o terreno para o Closer. Essa preparação começa no CRM, mas só funciona quando acompanhada de colaboração real entre os times.
No fim das contas...
Quando pré-vendas e vendas se enxergam como parte do mesmo processo, e não como fases isoladas, a energia da passagem muda.
O SDR se sente responsável pela qualidade da reunião, e não apenas pelo número. O Closer chega mais bem informado, mais empático e mais eficiente. Times que criam essa cultura de passagem colaborativa colhem:
Redução de no-shows
Reuniões mais produtivas
Maior previsibilidade no pipeline